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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

População está mal informada sobre o que fazer, quando e onde procurar socorro em casos de picadas de escorpião

Manchetes verdadeiras mas, modificadas para mostrar o quanto de informação, ainda falta para ser esclarecida à população:


Jovem vai para o trabalho depois de ser picado por escorpião, só depois com fortes dores é encaminhado ao hospital.

Funileiro é picado, procura por socorro depois de passar a noite em casa , em pouco tempo não resiste e acaba  morrendo.

Criança é picada por escorpião e unidade de saúde não possuía vacina para neutralizar o veneno. 


Há dias a imprensa vem alertando e trazendo casos e mais casos de pessoas picadas por escorpiões, os vários casos registrados na região tem trazido um alerta de emergência para as autoridades sanitárias dos municípios. Mas o que tem sido notado é a falta de informações detalhadas do que fazer de imediato, é claro que todos dizem a mesma coisa  "procurar uma unidade de saúde". Claro que essa ação é natural, principalmente por causa do risco de complicações, todo mundo já está cansado de saber, que é preciso procurar socorro.

 No entanto o que falta realmente saber é se todas as unidades estão mesmo preparadas para agir rapidamente para tentar evitar o  agravamento, uma vez que o veneno quando entra na corrente sangüinea traz uma piora no estado da vítima do inseto.

Perguntas que poderiam ser amplamente respondidas: Em nossa região existe uma unidade atendimento de referencia especializada? -  Em qualquer posto de saúde haverá o soro anti escorpiônico? Tomar anti inflamatório realmente ajuda? Colocar gelo sobre a picada adianta alguma coisa? É realmente necessário capturar o animal para identificar a espécie? Os socorristas do SAMU e SIATE podem ser acionados?

De ante de algumas dúvidas frequentes nós resolvemos fazer uma breve pesquisa e encontramos um pouco em dois sites especializados e encontramos algumas informações técnicas e outras básicas que se não sanam totalmente as dúvidas ao menos informa que devemos procurar imediatamente por socorro. 

 De acordo com o site BIOMAX MANEJO DE PRAGAS "A picada causa uma forte dor por conta da inflamação no local, que pode aumentar a frequência cardíaca da vítima, além de acarretar enjoos, vômito, dificuldade para respirar e queda de pressão"

AQUI ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE O SORO ANTIESCOPIÔNICO, SINTOMAS E TRATAMENTO: Extraído do site www.vacinas.org.br

O soro antiescorpiônico é uma solução injetável de imunoglobulinas específicas, purificadas e concentradas, obtidas de soros de eqüinos hiperimunizados com venenos de escorpiões do gênero Tityus.

Fórmula:
Uma ampola de 5 ml contém iImunoglobulinas de origem eqüina que neutralizam, no mínimo 7,5 DMM (doses mínimas mortais) de veneno de Tityus serrulatus.

Indicações:
Para o tratamento dos envenenamentos provocados por picadas de escorpião do gênero Tityus. A sua utilização se impõe, mesmo quando são esperadas reações adversas, com os cuidados recomendados para tais eventualidades.

Nota:
NÃO É INDICADO nos acidentes causados por serpentes ou aranhas.

Caracterização dos acidentes:
A dor local está presente na maioria dos casos. Ocorre imediatamente após o acidente, podendo ser de intensidade variável, sob a forma de ardor, queimação ou agulhada e ainda irradiar-se para todo o membro. Pode haver edema, eritema, sudorese e piloereção. Após alguns minutos e nas primeiras horas, podem surgir as manifestações decorrentes do envenenamento sistêmico: salivação excessiva, sudorese, náuseas, vômitos, agitação, tremores, taquicardia, hipertensão ou hipotensão arterial, taquipnéia, choque, colapso cárdio-circulatório e edema agudo de pulmão.

Tratamento:
O tratamento soroterápico é indicado naqueles pacientes que apresentem, além do quadro local, manifestações de envenenamento sistêmico. Nesta situação, aplicar o soro específico em doses adequadas o mais precocemente possível.

Manifestações clínicas, doses, via de administração:
Quadro clínico LEVE:
Somente quadro local (dor em 100% dos casos).
Ocasionalmente, náuseas, taquicardia e agitação.
Combate à dor; (Bloqueio anestésico local ou troncular);
Observação clínica por 6 - 12h principalmente crianças abaixo de 7 anos.
*Dispensa-se a soroterapia.

Quadro clínico MODERADO:
Manifestações locais e alguma sintomatologia sistêmica como agitação, sonolência, sudorese, náuseas, vômito, hipertensão, taquicardia e taquipnéia.
Combate à dor; (Bloqueio anestésico local ou troncular);
Observação clínica por 12 - 24h.
2-4 ampolas de soro pela via intravenosa (IV).

Quadro clínico GRAVE:
Manifestações locais, náuseas freqüentes e vômitos profusos, lacrimejamento, sialorréia, sudorese profusa, agitação, taquicardia, hipertensão arterial, tremores, espasmos musculares.
Em casos mais graves: bradicardia, bradpnéia edema agudo de pulmão, colapso cardio-circulatório, coma e óbito.
Combate à dor; (Bloqueio anestésico local ou troncular);
Internação hospitalar, cuidados intensivos; Monitoração das funções vitais.
5-10 ampolas de soro pela via intravenosa (IV).

Observações:
A soroterapia deve ser efetuada sob supervisão médica.
Na impossibilidade, após o tratamento de emergência, específico ou não, o paciente deve ser encaminhado ao serviço de saúde mais próximo.
Adultos e crianças recebem a mesma dose de soro.

Recomendações gerais:
Não utilizar garrotes ou torniquetes;
Não fazer incisões no local da picada;
Não aplicar querosene, amoníaco, e outras substâncias no local da picada;
Não administrar bebidas alcoólicas;
Manter o paciente em repouso, evitando caminhar;
Manter o paciente hidratado.

Reações adversas à soroterapia:
Reação precoces:
São de freqüência variável e ocorrem dentro das primeiras 24 horas após a administração do soro. São de caráter anafilático ou anafilactóide, podem ser graves e necessitam de cuidados médicos adequados e imediatos. Estas reações ocorrem com maior freqüência entre pacientes anteriormente tratados com soro de origem eqüina.

Prevenção:
Solicitar informações do paciente quanto ao uso anterior de soro eqüino (anti-rábico, antitetânico, antiofídico) e quanto a problemas alérgicos de naturezas diversas. Face a afirmações positivas, considerar o potencial de reações adversas para esse paciente.

Administrar anti-histamínico com 15 minutos de antecedência da dose de soro recomendada.

O teste de sensibilidade tem sido abandonado da rotina no tratamento de acidentes por animais peçonhentos, pois não tem se mostrado eficiente para prever a ocorrência de reações, retarda a soroterapia além de poder desencadear por si mesmo, reações alérgicas.

Tratamento:
Na ocorrência de reações, interromper a soroterapia e iniciar o tratamento conforme a intensidade. No caso de urticária generalizada, crise asmatiforme, edema de glote ou choque, deve-se proceder à administração imediata de ADRENALINA aquosa 1:1000, via subcutânea ou intramuscular, na dose de 0,3 a 0,5 ml em adultos e 0,01 ml/kg em crianças, podendo ser repetida a cada 5 ou 10 minutos, conforme a necessidade.

Na presença de crise asmatiforme, recomenda-se ainda a utilização de broncodilatadores inalatórios ou aminofilina por via parenteral. Os corticosteróides e anti-histamínicos exercem papel secundário no controle dessas reações, podendo também ser utilizados. Após a remissão do quadro de hipersensibilidade, reinstituir a soroterapia conforme a dose recomendada inicialmente.

Reações tardias:
São, em geral, benignas e ocorrem entre 5 e 24 dias após a administração do soro. Caracterizam-se por: febre, urticária, dores articulares, aumento dos gânglios e, muito raramente, comprometimento neurológico ou renal. Esta reação é também conhecida pelo nome de "Doença do Soro" e é tratada de acordo com a intensidade, através da administração de corticosteróides, analgésicos ou anti-histamínicos.

Apresentação e conservação:
O produto apresenta-se em ampolas de 5 ml e deve ser conservado em geladeira entre 4 e 8ºC.


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