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"Há uma imbricação (relação muito estreita), um acordo mútuo entre política e milícias no Rio de Janeiro", declarou Raul Jungmann em entrevista ao UOL.
Ex-ministro das pastas da Defesa e da Segurança Pública no governo de Michel Temer, Jungmann afirmou que a promiscuidade entre milicianos e políticos produziu uma "metástase" que leva à infiltração de prepostos do crime nos órgãos de segurança do
estado.
Ele associou o fenômeno à demora na elucidação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes. Avaliou que o surgimento de um personagem novo — o porteiro do condomínio onde Jair Bolsonaro possui uma casa — "tende a dificultar todo o processo". Jungmann reiterou ainda a necessidade de transferir a investigação para a esfera federal.
O ex-ministro compara a parceria que se estabeleceu entre o crime e a política no Rio com o chamado presidencialismo de coalizão. Segundo ele, milicianos e traficantes controlam 830 comunidades no Rio. Nelas, vivem 1,5 milhão de pessoas. "Chegamos ao coração das trevas", declarou Jungmann. Os criminosos "têm o controle do território, controle do voto, elegem a sua bancada [na Assembleia, na Câmara Municipal e até no Congresso Nacional] e a sua bancada vai indicar pessoas para ocuparem cargos públicos, inclusive na área de segurança.
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