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terça-feira, 14 de maio de 2019

Site especializado em espaço ciências e fenômenos naturais alerta para fortes tempestades solares que estão a atingir em cheio a terra. Saiba o que isso representa

O site Apolo 11 destaca e alerta para os próximos dias severas tempestades solares que estão a atingir a terra; de hoje até a próxima Quinta Feira uma forte carga de partículas solares estará atingindo a magnetosfera da Terra e provocando instabilidades geomagnéticas que fizeram o índice KP chegar ao nível 7. A velocidade do vento solar também aumentou significativamente e atingiu picos de 604 km/s.

Leia a matéria completa feita pelo Apolo11 e entenda as possíveis consequências para o Planeta terra:

A tempestade geomagnética está em andamento e teve início com a chegada de partículas altamente carregadas provenientes do Sol, originadas do rompimento de um longo filamento ao redor da mancha solar AR2741, faceada em direção à Terra a mais de uma semana. O Apolo11 já havia chamado a atenção para possíveis flares ou ejeções de massa solar nesta região ativa.

O rompimento do filamento gerou uma série de três ejeções de massa coronal (CME) que lançaram em direção à Terra bilhões de toneladas de material solar.

A primeira ejeção ocorreu no dia 10 de maio e seus efeitos começaram a ser percebidos nesta terça-feira, com a elevação da velocidade do vento solar, que chegou a marcar 600 km/s durante a madrugada e consequente elevação do índice KP, que atingiu o nível 7 cerca de 60 minutos depois.

Ao todo foram registradas três CMEs. As outras duas devem atingir a Terra entre terça-feira e quinta-feira, o que deve prolongar as tormentas por mais 72 horas.

Filamento Solar
Os filamentos são regiões muito densas, longas e finas acima da cromosfera solar e mais frias que o gás ao redor, mantidas no lugar por intensos campos magnéticos similares a espirais. Por serem mais frios que as regiões vizinhas os filamentos aparecem mais escuros nas imagens.

No entanto, quando estão na borda do Sol, do ponto de vista da Terra, os filamento parecem muito brilhantes, pois contrastam com o escuro do espaço. Nesta condição, mudam de nome e passam a ser chamados de proeminências.

O rompimento de um filamento acontece devido às instabilidades do campo magnético que o mantêm coeso. Quando se rompem, liberam ao espaço, de forma abrupta, milhões ou bilhões de toneladas de gás e partículas que estavam aprisionados.

Consequências
Tormentas geomagnéticas de índice KP=7, iguais a atual, são consideradas fortes e provocam grandes perturbações na ionosfera terrestre.

Sistemas de potência e linhas de transmissão de energia podem sofrer com induções esporádicas e disparar alarmes falsos em alguns dispositivos de proteção.

No espaço, as correntes induzidas podem afetar sistemas satelitais em órbita baixa e levar satélites a diminuírem de altitude devido ao aumento do arrasto na alta atmosfera. Assim, correções de posicionamento e orientação se tornam necessárias.

Além disso, podem ocorrer problemas intermitentes na navegação e orientação por satélites ou através de sinais baixa frequência (beacons, ILS, etc). As comunicações por HF podem sofrer blecautes por diversos minutos.

As auroras polares devem ser vistas nas regiões ao redor do círculo polar ártico e devido severidade do Kp=7 podem se formar até mesmo em localidades de latitudes médias.

Declaração dada em 2018 por especialistas da Nasa sobre as tempestades ou explosões solares como são chamadas. Fonte APOLO11



Por vezes, essas explosões solares são “acompanhadas por um evento conhecido como Ejeção de Massa Coronal (CME, na sigla em inglês) que libera “enormes bolhas de radiação e partículas do Sol”, destaca-se no site da NASA. Parte de matéria do site 247 quando estava previsto à época um das grandes atividades do sol:

Quando as partículas da CME “alcançam áreas próximas da Terra, podem gerar luzes intensas no céu, chamadas auroras”, mas quando é particularmente forte, também pode “interferir em redes de energia elétrica” e, na pior das hipóteses, “pode causar escassez de eletricidade e falta de energia”, releva a NASA.

Estas são “as explosões mais poderosas do Sistema Solar“, sustenta a agência. E “se houver uma grande erupção solar, o mundo inteiro será afetado”, alerta o chefe do Gabinete de Meteorologia Espacial da ESA, Juha-Pekka Luntama, em declarações divulgadas pelo jornal inglês Express.

Um evento desses poderia lançar o caos na Terra, destruindo satélites, equipamentos tecnológicos e redes elétricas, com danos potenciais que podem atingir os 14 bilhões de libras (R$ 77 bilhões), salienta o jornal.

“Se a radiação de uma explosão solar atingir a Terra, pode destruir satélites, perturbar redes móveis e outras formas de comunicação”, avisa também o astrofísico Brian Gaensler, da Universidade de Toronto, no Canadá, em declarações citadas pelo jornal inglês Star. E esses efeitos negativos poderiam se prolongar durante meses ou até anos.

“O Sol parece ser bonito e tranquilo, mas na verdade não é”, frisa Luntama no Express. “Há eventos de partículas solares energéticas em que os prótons e os elétrons são ejetados do Sol e se aproximam da velocidade da luz“, realça, notando que, “quando atingem satélites, podem causar mau funcionamento ou até destruir sua eletrônica”.

Luntama diz que a humanidade tem tido “sorte”, mas lembra o chamado “Evento Carrington”, de 1859, quando um CME fez fios telegráficos se incendiarem em alguns locais. “Não tivemos nenhum tão grande desde então, mas se aconteceu uma vez, vai voltar a acontecer e temos que estar preparados”, alerta.

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