Sem receber salário há dois meses, a aposentada Ana Maria da Silva, de 64 anos, conta com a ajuda da Polícia Militar para poder enterrar seu filho, Marcelo Abdalla Neder, de 34, que morreu no fim da madrugada desta quinta-feira durante um ataque de bandidos na Rodovia Presidente Dutra, na altura de Comendador Soares, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A senhora, que trabalhou na rede estadual de ensino, disse estar em estado de choque com a morte do soldado, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio. A PM informou, por meio da assessoria de imprensa, que o sepultamento de Marcelo, assim como o dos demais PMs mortos em serviço ou de folga, será bancado pela corporação.
— A gente precisa gritar para ver se tudo se endireita. Onde está o pessoal dos Direitos Humanos agora? Meu filho nem 13º (salário) recebeu, mas estava cumprindo com sua obrigação como policial — afirmou Ana Maria.
Os parentes de Marcelo foram até o Instituto Médico-Legal (IML) de Nova Iguaçu, também na Baixada Fluminense, para liberar o corpo do agente. Natural de Resende, no Sul Fluminense, o policial deixa uma filha de 10 anos do seu primeiro casamento. Marcelo também estava com apenas 12 dias de casado.
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