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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Isso afetará o Paraná inteiro informe-se e pergunte o que o seu candidato pensa a respeito

Somente no Paraná, 122 cidades já tiveram o subsolo leiloado pela Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP) para empresas interessadas na exploração. Agora, há o temor de que outros 172 municípios possam ser incluídos na próxima rodada de licitações, ainda sem data definida pela ANP para sua realização.


“Fracking”, apelido em inglês para “fraturamento hidráulico”, é a tecnologia empregada para extração não convencional do gás natural do folhelho pirobetuminoso de xisto, uma rocha sedimentar existente em vários lugares do mundo. A presença de hidrocarbonetos nesse tipo de rocha é conhecida há várias décadas, mas até 1990 ninguém sabia como extraí-los. O “fracking” mudou esse panorama, e quer dar uma longa sobrevida ao reinado dos combustíveis fósseis.

Para que este gás seja extraído, é necessária a perfuração profunda do solo, onde se insere uma tubulação que atravessa o lençol freático até a rocha, por onde passam entre 7 milhões e 15 milhões de litros de água. A cada operação, água, areia e mais de 600 substâncias químicas, algumas bem tóxicas, são introduzidas em altíssima pressão para fraturar (“frack”) a rocha e assim liberar o gás. Nos EUA, o fracking tem criado disputas em torno do uso da água. No Brasil não deverá ser diferente.

Mas os problemas relacionados ao fracking vão muito além da disputa hídrica. Nos países onde o faturamento hidráulico é realizado – China, Canadá, Estados Unidos e Argentina –, há relatos de contaminação de lençóis freáticos, vazamento de metano para poços artesianos e, em áreas dos EUA onde a tecnologia é usada para extrair petróleo, de poluição do ar. No Brasil, há um risco de contaminação inerente à própria geologia: as principais jazidas de gás numa camada de rochas na bacia do Paraná que está debaixo das rochas do aquífero Guarani, o maior do mundo.

Alguns estudos também têm apontado o vazamento sistemático do gás metano nos poços. Isso torna o gás natural produzido por “fracking” um agravador das mudanças climáticas, e não um combustível fóssil “limpo”, como seus proponentes insistem em vendê-lo.

São tantos os riscos que em Lancashire, no Reino Unido, a população pressionou e as autoridades proibiram testes exploratórios. Nos Estados Unidos, o estado de Nova York proibiu oficialmente o fracking, e Oklahoma, após aumento do registro de terremotos provocados pelo fraturamento dos poços – 35 em apenas oito dias do último mês de junho –, já se prepara para endurecer a legislação.

o governo federal considera o fracking uma “alternativa energética” e está empenhado em desenvolver no país essa tecnologia sem debate público adequado.

O Brasil não precisa do fracking. Temos recursos naturais que nos garantem a geração de energialimpa e renovável, a vanguarda das economias de baixo carbono. Fonte ÉPOCA

PARA PARTICIPAR DAS DISCUSSÕES ENTRE EM:http://world.350.org/fracking-brasil/



Paranaenses barram exploração de gás de xisto diante do risco ambiental

Sob pressão da população, vereadores de Umuarama (PR) aprovam lei que proíbe exploração do gás, que pode contaminar o Aquífero Guarani



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