A presidente Dilma Rousseff viajará nesta quinta-feira (21) a Nova York para fazer na Organização das Nações Unidas uma denúncia de que está sofrendo uma tentativa de "golpe", enquanto o Senado parece formar uma maioria com tendência a levá-la ao impeachment.
A viagem de Dilma a Nova York foi confirmada hoje e tem como propósito a assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança Climática, em cujas negociações o Brasil participou ativamente, mas a ocasião servirá para que a presidente exponha a crise em que se encontra o País e, também, sua própria situação.
Fontes ligadas à Presidência disseram à Agência Efe que uma das intenções de Dilma é aproveitar sua ida à ONU e a presença de dezenas de chefes de Estado e de Governo para denunciar as intenções "golpistas" que percebe por trás do processo que poderia abreviar seu mandato.
Dilma tem planos de retornar a Brasília na sexta-feira (22) à noite, após participar do ato na ONU e, paradoxalmente, durante os dois dias que permanecerá em Nova York seu cargo será ocupado interinamente pelo vice-presidente Michel Temer, com quem rompeu relações.
Temer, primeiro na linha de sucessão em caso de cassação de Dilma, foi acusado por ela de ser "um dos chefes da conspiração" e permanece recluso em sua casa de São Paulo, aonde todos os dias políticos chegam para conversas.
O intenso desfile de dirigentes de vários partidos, economistas e personalidades de diversos âmbitos levou a imprensa a afirmar que Temer está em plena formação do eventual governo que poderia assumir na primeira quinzena de maio.
Isso dependerá da decisão que o Senado vai tomar sobre o processo contra Dilma, que estará nas mãos de uma comissão especial que será instalada na próxima segunda-feira (25) na casa.
Essa comissão analisará as acusações enviadas pela Câmara dos Deputados, que se referem a acusações sobre improbidade administrativa, e depois elaborará um relatório cuja previsão de votação no plenário do Senado é por volta do dia 10 de maio.
FONTE www.onortao.com.br
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