Outro dia, vi uma formiga que carregava uma enorme folha. A formiga era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela.
A formiga a carregava com sacrifício. Ora a arrastava, ora tinha sobre a cabeça. Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo cair também a formiga. Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga desanimou de sua tarefa. Eu a observei e acompanhei todas as suas tentativas para alcançar o objetivo.
A Folha caiu sessenta e nove vezes, mas a formiga perseverou e, ao completar setenta vezes, chegou próximo de um buraco, que devia ser a porta de sua casa.
Foi quando pensei: “Até que enfim ela terminou seu empreendimento”. Na verdade, havia apenas terminado uma etapa. A folha era muito maior do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então entrar sozinha.
Foi aí que disse a mim mesmo: “Coitada, tanto sacrifício para nada.” Lembrei-me ainda do ditado popular: “Nadou, nadou e morreu na praia.” Mas a pequena formiga me surpreendeu.
Do buraco saíram outras formigas, que começaram a corta a folha em pequenos pedaços. Elas pareciam alegres na tarefa.
Em pouco tempo, a grande folha havia desaparecido, dando lugar a pequenos pedaços e eles estavam todos dentro do buraco. Imediatamente me peguei pensando em minhas experiências.
Quantas vezes desanimei diante do tamanho das tarefas ou dificuldades? Talvez, se a formiga tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo teria começado a carregá-la.
Invejei a força daquela formiguinha
Naturalmente, transformei minha reflexão em oração e pedi ao Senhor:
Que me desse à tenacidade daquela formiga, para “carregar” as dificuldades do dia-a-dia.
Que me desse à perseverança da formiga, para não desanimar diante das quedas.
Que eu pudesse ter a inteligência, a esperteza dela, para dividir em pedaços o fardo que, às vezes, se apresenta grande demais.
Que eu tivesse a humildade para partilhar com os outros o êxito da chegada, mesmo que o trajeto tivesse sido solitário.
Pedi ao Senhor a graça de, como aquela formiga, não desistir da caminhada, mesmo quando os ventos contrários me fazem virar.
Acompanhe na Palavra de Deus
“Sê firme e corajoso, porque tu hás de introduzir esse povo na posse da terra que jurei a seus pais dar-lhes. Tem ânimo, pois, e sê corajoso para cuidadosamente observares toda a lei que Moisés, meu servo, te prescreveu. Não te afastes dela nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas feliz em todas as tuas empresas. Traze sempre na boca (as palavras) deste livro da lei; medita-o dia e noite, cuidando de fazer tudo o que nele está escrito; assim prosperarás em teus caminhos e serás bem-sucedido. Isto é uma ordem: sê firme e corajoso. Não te atemorizes, não tenhas medo, porque o Senhor está contigo em qualquer parte para onde fores” (Josué 1,6-9 ).
Josué tinha uma missão superior às suas forças. Deus pediu a ele algo maior do que aquilo que ele poderia realizar, pois era apenas um rapazinho. Entretanto, o desafio dele era entrar numa terra de gigantes.
Quem sabe seu desafio seja a sua família ou seu vício, mas você se vê sem forças para lutar. Como diz o versículo: “Se forte e corajoso… ” Há muitas pessoas que já não têm coragem sequer de sonhar.
Muitos casamentos estão morrendo por ter entrado numa rotina monótona, porque, quase sempre, o egoismo impera na relação. O marido faz o que ele quer ou a mulher faz aquilo que para ela é o mais cômodo. Isso não se limita apenas ao casamento, mas também às amizades, ao namoro etc. Há muitos pais que também não deixam os filhos enfrentar seus próprios problemas. Isso não significa que não vão dar apoio, mas é preciso aprender a viver em situações adversas, pois, por meio delas, seremos formados para enfrentar os desafios da vida.
Deus nos fez para sermos vencedores e não podemos nos contentar com migalhas. Precisamos entender que, quando as coisas não saem conforme a nossa vontade, é preciso continuar na caminhada, acreditando que Deus esta à frente.
Não desista. Deus está contigo!