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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Parlamentares que fizeram do mandato suas profissões tem Deputado que está na carreira bem remunerada há 47 anos desde 1971

Matéria UOL traz os 28 Políticos que a mais tempo permanecem no poder, suas regalias, projetos apresentados aprovados,arquivados, enriquecimento, em quais pautas de destaque votaram e como votaram entre outras. Na página da Uol cujo título é PROFISSÃO POLÍTICO é possível se informar sobre tudo o que fizeram os 28 eternos políticos a tanto tempo recebendo dinheiro público.

Eles trocam de partido, concorrem a outros cargos, assumem ministérios e uma eleição vai sucedendo a outra sem que o eleitor perceba: a reeleição é carreira profissional para muitos políticos. Na Câmara dos Deputados, quase metade (48%) já foi reeleita pelo menos uma vez dentre os quase 2.000 deputados federais que conquistaram mandato desde 1994. Há, inclusive, quem faça da Câmara seu local permanente de trabalho há mais de duas décadas. Sem intervalos.

São 28 deputados federais que ocupam um assento no plenário da Câmara pelo menos desde 1995. Entre eles, há quem esteja lá desde 1971, como o deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), ou desde 1979, como o deputado Simão Sessim (PP-RJ). Aos 82 anos, Sessim é também o mais idoso do grupo, junto com o mineiro Mauro Lopes (MDB-MG). A idade média dos veteranos é de 69 anos; o mais jovem é o deputado Claudio Cajado (PPBA), que tem 54 anos.

O grupo dos profissionais da Câmara é ideologicamente variado, com políticos que representam 13 estados das cinco regiões do Brasil. A maior parte (12) vem do Sudeste, seguida pela região Nordeste (7) e Sul (5). Entre as legendas partidárias, o PP foi a sigla que mais reelegeu deputados no grupo dos veteranos (7), seguido do MDB (5) e PTB (4).

No grupo dos 28 políticos profissionais, 20 voltam às urnas em 2018 em busca de mais um mandato. Ao registrarem a candidatura no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a ocupação profissional informada pelos candidatos não deixa dúvidas: deputado federal

Abaixo destacamos a vida Política de Bolsonaro que está na Câmara há 28 anos, para saber sobre os outros 27 políticos Profi$$ionais clique AQUI.

Jair Bolsonaro (PSL-RJ)
Aos 63 anos, o deputado teve sete mandatos seguidos na Câmara. Em 2018, concorre à Presidência da República

HISTÓRICO PARTIDÁRIO
Conquistou o primeiro mandato na Câmara dos Deputados em 1990, pelo PDC. Nas seis legislaturas seguintes, o parlamentar trocou de partido oito vezes. Em 1993, filiou-se ao PP por um período curto e migrou para o PPR para disputar a reeleição em 1994.
No primeiro ano de mandato deixou o PPR e ingressou no PPB, partido pelo qual se reelegeu em 2002.Novamente trocou de partido no primeiro ano de mandato e filiou-se ao PTB em 2003.
Após uma breve passagem pelo PFL em 2005, retornou ao PP e reelegeu-se pelo partido até 2014. Em 2016, migrou para o PSC, legenda que o abrigou até o começo de 2018, quando ingressou no PSL para disputar a eleição presidencial.

Outros mandatos
Antes de chegar a Brasília, foi vereador no Rio de Janeiro pelo PDC, entre 1989 e 1991.

PRODUTIVIDADE
Frequência
Nos últimos 15 anos, Jair Bolsonaro não teve faltas não justificadas no período de 2003 a 2014. Na atual legislatura, o deputado teve 26 ausências sem justificativa a sessões plenárias da Câmara. Isso equivale a 6,6% do total de sessões legislativas entre 2015 e 2018.

Projetos
O parlamentar apresentou 138 projetos de lei desde 1995 --ao menos dez PLs assinados junto com o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. até hoje na mesma legenda. Apenas dois foram aprovados: o PL 2514/1996, que prorrogou benefícios fiscais para o setor de informática, e o PL 4639/2016, que autorizou o uso da fosfoetanolamina, a conhecida "pílula do câncer".
Pelo menos 22 projetos apresentados por Bolsonaro fazem alterações no Código Penal. É de autoria do deputado fluminense, por exemplo, o PL 5398/2013, que aumenta a pena para os crimes de estupro, além de exigir que o condenado por esses crimes conclua tratamento químico voluntário para inibição do desejo sexual. O PL aguarda definição de relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Outros 14 projetos tratam do uso de armas, como o PL 3075/1997, que pede autorização para o porte federal de arma de fogo aos congressistas. A justificativa do parlamentar para a proposta são os "constantes deslocamentos" feitos pelos deputados durante o mandato. Há ainda o PL 6163/2005, que autorizava os órgãos de segurança pública a utilizarem armas e munições apreendidas ou encontradas. Ambos os projetos foram arquivados.
Em sete mandatos legislativos em Brasília, Bolsonaro apresentou nove propostas de emenda
constitucional --nenhuma aprovada.Entre as PECs de autoria do parlamentar, está a 191/2016, que determina que o ministro de Estado da Defesa seja escolhido entre os oficiais generais das Forças Armadas.
A exigência do voto impresso, aprovada em plenário na Câmara em 2015 (433 votos favoráveis, sete contra) foi apresentada pelo parlamentar como emenda na comissão à PEC 182/2007, da reforma política. O STF, entretanto, julgou a proposta inconstitucional.

Doadores
Nas eleições de 2006, o parlamentar recebeu somente R$ 20 mil em doações - metade financiada pelo próprio candidato. Os outros 50% foram de Jorge Francisco, ex-chefe de gabinete do deputado, que morreu neste ano. No pleito seguinte, em 2010, recebeu R$ 196 mil. O Diretório Nacional do PP, partido pelo qual o deputado concorreu, doou R$ 90 mil.
Na disputa de 2014, Bolsonaro recebeu R$ 405 mil em doações de campanha. A maior contribuição veio da JBS, que doou R$ 200 mil via Diretório Nacional do PP. O parlamentar afirmou, em entrevista em maio de 2017, que devolveu o valor, mas reconheceu que seu partido recebeu propina. Na prestação de contas do candidato ao TSE, consta que o PP fez uma nova doação à campanha de Bolsonaro no mesmo dia da devolução e no mesmo valor, com recursos oriundos do Fundo Partidário e sem especificar o doador original.

Emendas
De 2003 a 2017, o deputado apresentou um total de 262 emendas parlamentares ao Orçamento da União. Mais da metade (56%) pediam recursos para a área de defesa nacional. Ao todo foram 144 propostas quebuscavam verbas orçamentárias para as mais diversas áreas da defesa, desde melhorias na infraestrutura até questões administrativas, educação e saúde. Os pedidos de verba para assistência médica e odontológica aos militares e seus dependentes, por exemplo, respondem por 55 emendas assinadas por Bolsonaro. As unidades de saúde do Exército incluem serviços profissionais médicos, odontológicos e farmacêuticos com acesso restrito aos militares e seus dependentes.
Para ter uma ideia, no universo de 20 emendas classificadas como atípica, todas beneficiaram a área militar, principalmente unidades localizadas no estado do Rio de Janeiro.
De 2015 a 2017, foram 73 emendas apresentadas e a quarta menor taxa de execução dos valores



Votou a favor

Jair Bolsonaro contribuiu para a aprovação de diversos projetos de grande impacto para o país nos últimos anos. Entre eles, o impeachment de Dilma Rousseff (2016). No ano seguinte, o deputado votou a favor dos dois pedidos de investigação do presidente Michel Temer --que não foram aprovados no plenário da Câmara. O parlamentar também foi favorável à emenda constitucional que estabeleceu um teto para os gastos públicos por 20 anos (2016) e à reforma trabalhista (2017) do governo Temer, à cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (2016), à retirada do aviso de produto transgênico das embalagens (2015) e à abertura da
exploração do pré-sal às empresas privadas (2016).


Votou contra

Bolsonaro votou contra a reforma do ensino médio (2016), a cota de 50% das vagas no Legislativo para mulheres (2015), o Código Florestal (2012), a prorrogação da CPMF (2007), as propostas de reforma da Previdência dos governos FHC (1995) e Lula (2003) e a emenda constitucional da reeleição para presidente no governo FHC (1997).

CUSTOS E SALÁRIOS
No período entre 1995 e agosto de 2018, o salário de deputado federal somou R$ 4,9 milhões em valores brutos, sem os descontos que incidem sobre a folha de pagamentos.

Gastos da Cota Parlamentar
No mandato 2011-2014, o parlamentar gastou R$ 1,2 milhão da cota parlamentar. Desse montante, mais de R$ 800 mil foram canalizados para despesas com serviços postais (R$ 481 mil) e divulgação parlamentar (R$ 325 mil). No atual legislatura (2015-jun./2018), o deputado já usou R$ 1 milhão da cota. Quase R$ 400 mil foram gastos com emissão de passagens aéreas --60% mais do que no mandato anterior. As despesas de Bolsonaro com viagens pelo país se intensificaram desde que o parlamentar deu início à pré-campanha à Presidência da República.
No mandato atual, ele também usou R$ 143 mil com divulgação parlamentar. Em panfletos para prestação de contas do mandato, o deputado diz: "Minhas viagens, em consonância com a abrangência nacional de meu mandato, visam a obter e transmitir conhecimentos e experiências". Questionado pela reportagem sobre o uso da cota parlamentar para viagens de sua pré-campanha à Presidência da República, a assessoria de Bolsonaro não se posicionou.

Auxílio-Moradia

Reportagem da "Folha de São Paulo", publicada em janeiro deste ano, revelou que Bolsonaro recebia auxílio moradia, apesar de ter um imóvel em Brasília. À Folha, chegou a dizer, ironicamente: "Como eu estava solteiro naquela época, esse dinheiro de auxílio-moradia eu usava para comer gente". O jornal "O Globo" publicou que, após a polêmica, o deputado parou de receber os recursos e, a partir de abril de 2018, passou a ocupar um imóvel funcional da Câmara dos Deputados em Brasília.

CONDUTA
Patrimônio
Nas eleições de 2006, o parlamentar declarou bens no valor de R$ 433 mil. Entre eles, um automóvel modelo Pajero no valor de R$ 110 mil, além de um micro-ônibus, ano 2004, de R$ 89 mil.
No pleito seguinte, em 2010, o patrimônio declarado por Jair Bolsonaro aumentou para R$ 826 mil, quase o dobro da campanha anterior. No TSE, ele declarou ter um apartamento de R$ 240 mil em Brasília e uma casa em Angra dos Reis (RJ), de R$ 98 mil.
Na campanha de 2014, a declaração de bens do parlamentar deu outro salto e passou para R$ 2 milhões. Foram incluídas duas casas na Barra da Tijuca, declaradas com valor de R$ 900 mil. Localizados em um condomínio à beira-mar, os dois imóveis foram avaliados em cerca de R$ 5 milhões em levantamento feito pela "Folha de S.Paulo" em janeiro deste ano.
Em 2018, Bolsonaro declarou patrimônio de R$ 2,28 milhões à Justiça Eleitoral, valor bem semelhante ao informado quatro anos atrás. No registro da atual candidatura, o deputado informou ter cinco imóveis no Rio de Janeiro e em Brasília, além de veículos e aplicações financeiras.

Participação em empresas
É sócio na Bolsonaro Digital, empresa criada para monetizar vídeos no YouTube.


Dívidas com a União

Não consta nenhuma dívida com órgãos federais.

Processos por corrupção
O parlamentar não responde a processos por corrupção.

 2003-2017 é o período com emendas parlamentares ao Orçamento da União disponibilizado pela Câmara dos Deputados para consulta pública. Não há dados disponíveis para consulta em anos anteriores.
O número de emendas pode ser maior, tendo em vista que para o ano de 2015 não foi possível saber em qual área da ação governamental a despesa seria realizada. O SIGA Brasil, sistema de informações sobre o orçamento público federal, só permite o acesso às emendas executadas de 2015 a 2018, para anos anteriores os  dados não estão disponíveis.
O cálculo não inclui os valores pagos aos deputados empossados antes da 50ª legislatura da Câmara dos Deputados (anteriores às eleições de 1994), quando o país registrava inflação elevada e mudanças monetárias.
A reportagem da UOL solicitou à Câmara dos Deputados via assessoria de imprensa e Lei de Acesso à Informação os valores líquidos recebidos como salário pelos 28 deputados com mandato há mais de 20 anos, mas a informação não foi disponibilizada.
Os dados são de agosto de 2018. Existe a possibilidade de que, em alguns casos, o deputado tenha feito uso dos imóveis em datas anteriores às registradas. Quando o período é interrompido, isso não é indicado no último relatório da Câmara dos Deputado

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