Ou o bico do urubu ou a presidência
Léo Pinheiro era a “bala de prata” do juiz Sérgio Moro para abater Lula em pleno vôo. Pelo jeito falhou. Renato Duque surgiu de repente, depois de estar condenado a 50 anos de prisão para soltar o verbo e ajudar nosso Antônio Di Pietro a conquistar seu grande troféu, ou seja, a prisão do arisco “sapo barbudo”. Hoje ouvi de um advogado amigo o seguinte comentário sobre as delações premiadas: “A delação por si só não serve de prova e muito menos de prova testemunhal, já que o delator não faz qualquer juramento de dizer a verdade, somente a verdade”.
Na condição de réu condenado que pode se beneficiar de uma redução gigantesca de pena, como já aconteceu com alguns deles, o máximo que poderá acontecer a Duque será a invalidação do seu depoimento.
Claro que os depoimentos são públicos, acompanhados pelo Ministério Público, pelos advogados de defesa e pela imprensa e por isso mesmo não há tortura. Mas diante da possibilidade de deixar a cela, o preso seria capaz de dizer coisas do arco da velha. Até que atirou pedra na santa.
Caberá à Polícia Federal e ao Ministério Público, ou seja, à força-tarefa, correr atrás das provas concretas dos fatos relatados por Renato Duque, convenhamos, até com certa riqueza de detalhes. Se provas existirem e forem encontradas e juntadas ao processo, Lula estará no bico do corvo. Senão, que os que hoje demonstram repulsa ao babalorixá petista, tirem o cavalo da chuva , porque em 2018 ele volta à presidência.
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