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domingo, 5 de março de 2017

Para julgar políticos a coisa é lenta na Lava Jato



O ritmo da Operação Lava-Jato é diferente para os políticos. Ao contrário dos rápidos julgamentos que se tornaram marca nos processos em primeira instância e levaram para a cadeia megaempresários, para os investigados com foro privilegiado o andamento é bem mais demorado. Em 6 de março de 2015, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a abertura de inquérito contra 47 políticos. A “Lista de Janot” foi a primeira grande turbulência que a Lava-Jato causaria no mundo político. No entanto, dois anos depois, apenas três integrantes do documento – os ex-deputados Eduardo Cunha, Pedro Corrêa e Luiz Argôlo – foram julgados e estão atrás das grades.

Na lista foram incluídos 22 deputados federais e 12 senadores, além de ex-deputados e ex-governadores. Os senadores Antonio Anastasia (PSDB) e Lindbergh Farias (PT) tiveram seus inquéritos arquivados a pedido de Janot por falta de provas ou indícios de que participaram em esquema de corrupção. O ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) também teve um de seus inquéritos arquivados, mas continua sendo investigado em outros nove processos.


Com a demora nos julgamentos do Supremo, a sociedade percebeu que os envolvidos em esquemas de corrupção não são julgados de forma igual. Enquanto alguns empresários já estão cumprindo as penas, a maioria dos processos envolvendo políticos ainda está em fase de investigação. As pessoas entendem isso como uma injustiça”, avalia o jurista Luiz Flávio Gomes.

“Pela primeira vez no Brasil temos parâmetros comparativos em relação à velocidade da tramitação dos processos. E a diferença entre a primeira instância e o Supremo é assustadora. A Fundação Getulio Vargas constatou que no STF o tempo médio para as investigações é de dois anos. Uma média vergonhosa, que faz com que a população desacredite no Supremo. Mas claro que existem vários fatores a serem considerados”, explica Luiz Flávio.

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