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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Proposta indecente - Você vai ter que trabalhar mais para se aposentar pelo INSS

E para aqueles trabalhadores com menos de 50 anos, a transição deverá ser mais dura. Uma mulher com 49 anos de idade e 26 anos de contribuição, por exemplo, precisará trabalhar mais 13 anos para se aposentar. Atualmente, seriam necessários oito anos.

O trabalhador brasileiro terá que ficar mais tempo na ativa e, assim, contribuir por um período maior para a Previdência Social. Essa é uma certeza que está afirmada nas propostas da reforma previdenciária elaborada pela equipe econômica do presidente interino Michel Temer.

O Governo Federal pretende apresentar estas propostas para votação no Congresso Nacional ainda este ano. Em recentes entrevistas, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, indicou que a ideia central é a de que as mudanças atinjam empregados de empresas privadas e servidores públicos. “Talvez não unifiquemos o sistema, mas vamos unificar as regras. O problema é que o buraco é muito grande. Agora, é fazer ou fazer”. Nos cálculos do governo o rombo na Previdência será de quase R$ 150 bilhões em 2016 e poderá chegar a R$ 180 bilhões em 2017.

A reforma da Previdência, da maneira como está sendo desenhada, deverá afetar a todos os trabalhadores. As mudanças mais drásticas valerão para quem tiver até 50 anos, tanto na iniciativa privada como no setor público. Acima desta faixa etária haverá um “pedágio” para quem quiser se aposentar, a chamada regra de transição, prevendo um período adicional de trabalho de 40% a 50% do tempo que falta para que se tenha direito ao benefício.

O professor Serau Junior ressalta que, embora atuarialmente esse raciocínio do “pedágio” seja defensável, a fixação da idade mínima neste mesmo contexto acaba sendo injusta.

''É um cenário discrepante da realidade social brasileira. Hoje, o brasileiro começa a trabalhar muito cedo e, após atingir uma certa idade não consegue manter sua empregabilidade. Pessoas com 50 anos ou mais dificilmente conseguem se manter no mercado formal. A partir deste estágio profissional, eles conseguem no máximo, estar na ativa com empregos informais. Então, apesar de atuarialmente seja defensável, a proposta é despregada da realidade social”, conclui.

Mais Informações na fonte da notícia www.atribuna.com.br

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