Catarina Alencastro O Globo
O time de Dilma não descarta que, até o fim de agosto, quando o impeachment será julgado pelo plenário do Senado, um fato novo contra o governo Michel Temer apareça, ferindo mortalmente o presidente interino. Alguns aliados de Dilma secretamente torcem por uma nova delação, como a do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é ligado ao núcleo político do governo Temer e sempre foi próximo do presidente interino.
Outro ponto que tem animado os aliados da petista é o fato de Temer governar com uma enorme e heterogênea coalizão, o que o impede de atender a todos os aliados. Eles torcem pelo aumento das insatisfações.
— A situação de Dilma é difícil, mas não é impossível. A margem entre o sucesso e o insucesso é estreita. Os votos são muito voláteis. Nada é consolidado na política. Algum fato novo pode surgir e mudar o rumo das coisas. Além disso, o coeficiente de traição é algo difícil de se contabilizar — disse um auxiliar de Dilma.
Um parlamentar aliado da presidente afastada disse que tem ouvido muitas reclamações vindas da base de Temer, e que isso pode se reverter em votos pró-Dilma.
— O governo Temer tem problemas. A base é muito grande, isso gera disputas por cargos, brigas. Juntar esse tanto de lado é muito complicado — disse ele.
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