Por Jornalista Messias Mendes
A lógica do Caranguejo
Vamos combinar que o partido que deve predominar na escola é o partido da discussão política, do questionamento, da conscientização e não da política partidária rastaqüera que se pratica hoje no país . É importante que se ensine nas salas de aula, desde o ensino básico , que nada acontece de bom (ou de ruim) na vida das pessoas se não for por meio da política. A qualidade dos detentores de mandatos depende, fundamentalmente, da qualificação de quem os elege. E nenhum lugar é mais adequado para essa qualificação do que a escola.
Portanto, o que se pretende com a proposta esdrúxula da escola sem partido é criar um clima de silêncio obsequioso nas salas de aula, restringindo a regência de classe aos conteúdos didáticos , com o devido respaldado na pedagogia da alienação total. Não é atoa que a idéia de jerico saiu da cabeça de um imbecil chamado Alexandre Frota. Parece absurdo, mas o ator de filmes pornôs encantou o Ministro da Educação, Mendonça Filho,com o tal projeto.
No fundo, no fundo, o que o governo interino de Michel Temer pretende com isso , é lançar a semente de uma geração de alienados, como fizera na ditadura militar o ministro Jarbas Passarinho com o 477, que impediu o debate político nas universidades. O resultado disso é essa tragédia da política nacional , que não tem propiciado o surgimento de lideranças verdadeiras, moldando a maioria dos detentores de cargos eletivos pela ótica do fisiologismo. E assim, na marcha do caranguejo, o Brasil vai ficando cada vez mais distante do mundo desenvolvido.
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