Professor de ciência política da Universidade de Pittsburgh (EUA), o americano Barry Ames diz que o sistema político brasileiro não só favorece a corrupção, mas depende dela para seu funcionamento.
Segundo Ames, que pesquisa a evolução das instituições brasileiras desde a ditadura militar, não há possibilidade de que o governo consiga apoio majoritário do Congresso sem oferecer cargos e obras públicas para aliados, o que abre o caminho para desvios.
A solução, diz ele, passa por reduzir o número de partidos no Legislativo, diminuir os distritos eleitorais - para que os eleitores exerçam maior controle sobre os eleitos - e quebrar o oligopólio no setor de construção civil, que facilita conluios entre governo e empreiteiras.
Ele já havia feito parte do diagnóstico em Os entraves da democracia no Brasil (FGV, 2003). Ames afirma que, após o fim da ditadura, imaginava que a corrupção cairia mais no país. "É problemático que, embora seja mais arriscado roubar, as pessoas continuem a fazê-lo".
"A próxima eleição deverá levar muita gente nova para o Congresso. E imagino que a sociedade civil estará monitorando cuidadosamente para garantir que os eleitos não sejam envolvidos em corrupção. Acho provável que haja uma limpeza da casa"
Continue lendo AQUI
Nenhum comentário:
Postar um comentário