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terça-feira, 10 de maio de 2016

A cara do Senado que deve votar o Impedimento da Presidente

A BBC Brasil trassou um perfil dos Senadores e Senadoras que vão tomar a decisão de afastar a Presidente da República Dilma Rousseff.


O perfil predominante entre os membros do Senado é o de um homem, branco, com curso superior (Direito é o mais comum), investigado pela Justiça e com boas chances de ser membro da bancada ruralista.

É o que revela a análise feita pela BBC Brasil de dados - como sexo, formação e número de mandatos - dos 81 senadores. O levantamento descobriu ainda que a maioria dos parlamentares têm longa carreira política, com passagens por Câmara e cargos no Executivo, e que vários pertencem a "clãs" familiares.

Além disso, 58% dos que votarão o impeachment da presidente Dilma Rousseff respondem a acusações como improbidade administrativa e corrupção passiva em tribunais, segundo a ONG Transparência Brasil.

Os números contrastam com a realidade da sociedade brasileira: de acordo com os dados mais recentes do IBGE, 54% da população é negra 51% são mulheres.
A idade média é 60,5 anos. Três em cada dez senadores são formados em Direito.
Segundo o site do Senado, 68 membros da Casa têm curso superior completo, um dado que também contrasta com a configuração do país, onde, segundo a última Pnad (Pesquisa Nacional de Domicílios) do IBGE, apenas 16% possuem ensino superior completo.
"Isso é um retrato do poder. A gente nunca teve um Legislativo que espelhasse a diversidade social no país" disse à BBC Brasil Maria do Socorro Braga, professora de Sistemas Democráticos e Teoria Política Democrática da Ufscar e coordenadora do Núcleo de Estudo dos Partidos Políticos Latino-Americanos na mesma universidade.
"Faz parte da nossa cultura política, que é elitista."

Entre os 81 senadores que votarão o impeachment da presidente Dilma Rousseff, 47 (58%) têm ocorrências na Justiça ou em Tribunais de Contas por suspeitas ou acusações que vão de improbidade administrativa (em sua maioria) a corrupção passiva, passando por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, segundo levantamento do projeto Excelências, da ONG Transparência Brasil.

"É uma contradição muito grande e uma alta deslegitimação desse processo. Vivemos um momento em que a classe política está sendo muito questionada porque cada vez se tem mais informações sobre isso (políticos acusados de crimes ou improbidades). Há um descrédito da população em relação a seus representantes", disse Braga.
"Tem políticos de todos os partidos envolvidos. Essa contradição nos mostra que temos uma democracia com baixa qualidade. A médio e a curto prazo, uma consequência disso é o apartidarismo."

Continue lendo a matéria da BBC BRASIL clicando no link abaixo:
Senadores vêm de 'dinastias' políticas e têm longa carreira política

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