Os partidos de oposição ao governo Dilma Rousseff anunciaram pela primeira vez o apoio oficial às manifestações contra a presidente.
E se oficialmente a mudança de postura é justificada pelo "agravamento da crise política, econômica, social e moral" no País – conforme alegam PSDB, DEM, PPS, PV e Solidariedade em comunicado divulgado nesta terça-feira (23) –, na prática, a adoção da nova estratégia tem outro motivo: a prisão do marqueteiro João Santana.
Conselheiro pessoal de Dilma desde o primeiro mandato da presidente e apontado nos bastidores como 'ministro da propaganda' do governo, o publicitário preso na nova fase da Operação Lava Jato se tornou uma poderosa arma para aqueles que fazem campanha contra a petista.
"É evidente que a prisão dele pesou na decisão. Não pudemos deixar passar, porque isso causou impacto não apenas nos partidos da oposição, mas também na sociedade como um todo", afirma o presidente nacional do PPS, Roberto Freire.
Apesar de o juiz federal Sérgio Moro já ter ressaltado que não há indícios de que a campanha de Dilma Rousseff pagou o publicitário com dinheiro de propina, o deputado Antônio Imbassahy (BA), líder do PSDB na Câmara, acredita que esse novo fator poderá pesar contra a presidente na ação que está sendo analisada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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