A procura por cadáveres ou peças anatómicas para universidades, indústria de instrumentos cirúrgicos e investigação médica está a fazer florescer a indústria da morte, nos EUA.
Com as doações de cadáveres à ciência a não conseguirem dar conta das necessidades das instituições que os utilizam no dia-a-dia, há cada vez mais empresas norte-americana que se dedicam à venda de corpos inteiros, mas também apenas de alguns órgãos.
Uma investigação da BBC descobriu que existem mais de vinte empresas deste género nos EUA, num negócio que é legal, apesar de proibição da venda de corpos no país. O truque é cobrar pelo serviço de fornecimento do cadáver, mas não pelo corpo.
Na empresa "Research for life", os cadáveres utilizados são todos fornecidos voluntariamente e submetidos a diversos testes (como HIV, hepatite e exames físicos) para determinar que partes podem ser vendidas ou se é um cadáver elegível para ser vendido inteiro. Se o cadáver não for totalmente utilizado, o restante é cremado e entregue à família.
Em stoque, a empresa garante ter 80 cadáveres, que poderão ser utilizados conforme o pedido do cliente. O destino pode ser uma faculdade de medicina, um centro de investigação médica ou uma empresa dedicada a material cirúrgico, entre outros.
Os preços das peças anatómicas podem variar entre os 125 dólares (110 euros) de uma mão e 1,8 mil dólares (1590 euros) de um tronco. Um corpo inteiro poderá custar entre dois mil e três dólares (entre cerca de 1760 e 2650 euros).
Grande parte das empresas do setor, revela a BBC, está localizada em Phoenix, no Arizona, por existir uma grande população idosa. De acordo com uma moradora que já afirmou querer oferecer o seu corpo à ciência quando morrer, o objetivo da doação é evitar custos e trabalho à família.
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