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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Ministro diz que micro e pequenas empresas tem garantido o emprego e a renda no país

O sistema financeiro brasileiro é um dos mais concentrados do mundo e não oferece crédito para os micro e pequenos empreendedores, na avaliação do ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos.

"O desemprego acontece em massa nas grandes empresas, que aliás foram as que receberam a maioria dos incentivos"

O ministro participou nesta quinta-feira (18) do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.
— Hoje temos basicamente três bancos privados, tem um que está saindo, o HSBC, e dois bancos públicos que captam a poupança inteira do país. Eles captam de todos para emprestar para alguns.
Afif disse ainda que o crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) atende a poucas micro e pequenas empresas.
— Chega ao maior dos pequenos.
Ele lembrou que o crédito não é oferecido diretamente pelo BNDES, que não tem agências, mas através de outros bancos.
Para o ministro, seria necessária uma reforma estrutural no sistema financeiro para que haja mais concorrência entre os bancos e, por consequência, seja ofertado mais crédito e com taxas de juros menores.
“Vamos ter que mexer estruturalmente no sistema bancário brasileiro”, acrescentou Afif. Ele disse ainda que as micro e pequenas empresas se financiam atualmente diretamente com os fornecedores por não encontrarem alternativas nos bancos.
No programa, o ministro também disse que as micro e pequenas empresas têm garantido o emprego e a renda no país.
— Hoje está demonstrado que o andar de baixo da economia está bem melhor que o andar de cima. O andar de cima está complicado. Estamos com a crise. O desemprego acontece em massa nas grandes empresas, que aliás foram as que receberam a maioria dos incentivos.
Segundo o ministro, as micro e pequenas empresas são uma alternativa para os cidadãos em momento de crise e perda de emprego.
— Nos períodos de crise, o cidadão busca novas oportunidades.
Nesta quarta-feira (17), o governo comemorou a marca de 5 milhões de trabalhadores formalizados por meio do MEI (Microempreendedor Individual).
Questionado sobre a inadimplência dos empreendedores com os tributos, Afif disse que o problema é gerado pela dificuldade de acesso às guias disponíveis para imprimir na internet. Ele argumentou que nem todos os cadastrados têm acesso frequente à rede de computadores. Por isso, em fevereiro a secretaria decidiu enviar boletos pela internet.

Fonte R7

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