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terça-feira, 19 de maio de 2015

Siate completa 25 anos sendo uma das poucas instituições que permanece inabalada


Nosso reconhecimento pela honra e caráter dos homens de boa fé que integram o Corpo de Bombeiros no geral, uma instituição que se mantém fiel aos seu princípios e as vezes é menosprezada. Na minha opinião, cada soldado do CB deveria receber uma medalha de honra ao mérito a cada salvamento.

MATÉRIA  AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DO ESTADO DO PARANÁ  

Neste mês de maio o Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência (Siate) do Paraná completa 25 anos de história. Concebido no Estado com base em uma experiência norte-americana, o serviço inaugurou em 1990 um novo modelo de atendimento pré-hospitalar no Brasil, dedicado ao resgate e assistência às vítimas de trauma, como acidentes de trânsito e violência interpessoal.
Foto arquivo Paiçandu Avante
Antes disso, não havia nenhuma estrutura pública especializada neste tipo de assistência. Quem precisava ser resgatado e encaminhado para a rede hospitalar após uma queda com múltiplas fraturas, por exemplo, tinha que ser transportado por conta própria e sem qualquer medida de primeiros socorros.
De acordo com o diretor da Rede Paraná Urgência e um dos primeiros médicos do Siate, Vinícius Filipak, o serviço preencheu uma lacuna no atendimento pré-hospitalar e melhorou as condições de socorro às vítimas. “Em casos de urgência e emergência, cada minuto é decisivo para se salvar uma vida. Além de aumentar as chances de sobrevivência do paciente, o socorro imediato e eficiente reduz o risco de sequelas e ainda diminui o tempo de recuperação da vítima”, informou.
Disponível inicialmente apenas na Capital, o serviço foi expandido para outras cidades do Estado, com uma frota de 113 ambulâncias. O trabalho é feito integrado com o Corpo de Bombeiros e as equipes atuam com abrangência regional.

HISTÓRIA – O processo de criação do Siate teve início em 1989, quando o Governo do Estado criou uma comissão responsável pela implantação de um projeto-piloto em Curitiba, com a parceria da prefeitura. Ao longo de um ano e meio, a equipe elaborou todos os protocolos e fluxos de atendimento com o apoio de uma equipe de consultores de Cleveland, no estado de Ohio, nos Estados Unidos
Um dos desafios deste período de preparação foi a escolha da ambulância ideal para este tipo de atendimento. “No Brasil, não havia nenhum fabricante que fornecesse um veículo que atendesse as nossas necessidades. Por isso, tivemos que começar do zero e criar uma ambulância padrão, com o apoio do antigo Cefe-PR, hoje UTFPR”, lembra o médico Ricardo Rydygier de Ruediger, um dos precursores do Siate.
No início, foi necessário importar tecnologia de fora para auxiliar os técnicos na concepção de uma ambulância funcional e adaptada às demandas de um atendimento pré-hospitalar. Entre os itens, estavam colares cervicais, talas e cintos para imobilização que não existiam no país.
Após um ano de testes, a frota do Siate ganhou seu primeiro veículo, a chamada Auto-Ambulância nº 3. O modelo era uma versão modificada da ambulância F-1000, com mangueiras de oxigênio, novo dimensionamento elétrico e parte do mobiliário das ambulâncias convencionais fabricadas em outros lugares do mundo. No mesmo período, a comissão do Siate realizou diversos treinamentos com as equipes de socorristas e organizou todo o fluxo de atendimento que seria utilizado.

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SALVAMENTO – Segundo Ricardo Ruediger, um dos casos mais emblemáticos do período de implantação do Siate aconteceu em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, em 1992. Um caminhão tombou em cima de um carro com três ocupantes da mesma família. A carroceria do automóvel ficou totalmente contorcida e os passageiros sequer respondiam aos chamados da equipe.
Foi preciso cortar a lataria do baú traseiro do caminhão e retirar o teto do veículo para ter acesso ao local em que a família estava presa. Para surpresa dos profissionais do Siate, o casal passava bem e a criança que estava no banco traseiro também não tinha nenhum ferimento por ter ficado protegida pela cadeirinha do bebê.
“Tempos depois, a família resgatada foi ao nosso quartel e agradeceu pelo socorro prestado. Foi emocionante”, relata Ruediger. Como lembrança, os pais deixaram os sapatinhos da criança com os socorristas. Posteriormente, eles foram pendurados no painel da ambulância de resgate e se tornou símbolo do Siate no Paraná.
MODELO – A criação do protótipo de ambulância e de todos os novos protocolos foi um marco para o setor de urgência e emergência brasileiro. “Implementamos um modelo que preza pela agilidade e qualidade no atendimento e isso tudo serviu de base para a implantação de outros serviços semelhantes nos demais estados do país”, afirmou Vinicius Filipak. “Hoje podemos dizer que a experiência do Siate foi importante inclusive para a criação do Samu, presente em todo o Brasil”, completou.

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