O jornal britânico Financial Times destacou em reportagem publicada na quinta-feira que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, faz parte de um pequeno grupo de quatro líderes mundiais "que ficam à parte enquanto o resto do mundo toma medidas drásticas para acabar com a disseminação da pandemia" do coronavírus.
Além de Bolsonaro, também fazem parte desse grupo Alexander Lukashenko, de Belarus, Gurbanguly Berdymukhamedov, do Turcomenistão, e Daniel Ortega, da Nicarágua.
Todos, segundo o Financial Times, "se recusaram a levar o coronavírus a sério".
O jornal lembra que o apelido "Aliança do Avestruz" foi criado por Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, "uma referência ao mito de que o pássaro grande enterra a cabeça na areia quando enfrenta perigo".
"Além dos riscos à saúde de suas populações, sua negação poderia acarretar custos políticos. A dissidência na Nicarágua está borbulhando, enquanto no Brasil multidões participam de protestos batendo potes e gritando 'Bolsonaro assassino!' pelas janelas deles. Bolsonaro provocou renovada raiva na quinta-feira quando demitiu Luiz Henrique Mandetta, seu ministro da Saúde, após uma briga por medidas de distanciamento social", diz o Financial Times.
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